Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher

Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar em uma relação violenta. Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso, difícil de identificar.

Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista comemora em 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados na última semana, uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo. E esta violência, de tão latente, chega a ser classificada entre: física, sexual, moral e psicológica.

Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.ssssss

“Em uma briga de casal, o agressor normalmente usa essa tática para fazer com que a parceira se sinta acuada e insegura, sem chance de reagir. Não existe respeito”, explica Maria Luiza Bustamante, chefe do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ao GNT.

Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se submeter à violência – entre todos os tipos e não apenas a psicológica.

Como identificar?

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição de suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.

A violência psicológica acontece quando ele…

#1. Quer determinar o jeito como ela se veste, pensa, come ou se expressa.

#2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser ruim ou errado.

#3. Desqualifica as relações afetivas dela: ou seja, amigos ou família “não prestam”.

#4. A xinga de “vadia”, “imprestável”, “retardada”, “vagabunda”…

#5. A expõe a situações humilhantes em público.

#6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma “brincadeira”.

…entre outras formas de violência que são subjetivas e que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.

Por Andréa Martinelli           Fonte: Contioutra

Transtorno De Estresse Pós-Traumático (TEPT)

Você já passou por uma experiência prejudicial e ameaçadora que demandou esforço extraordinário para enfrentamento ou sobrevivência? Se sim, como foi que você ficou depois do trauma?

Caso você tenha apresentado sintomas perturbadores após tal experiência, por pelo menos um mês, e tais perturbações tenham causado sofrimento ou prejuízo significativo ao seu funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes de sua vida, você pode ter apresentado transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Como diagnosticar?

As consequências emocionais do trauma psicológico foram reconhecidas e descritas por autores como Charcot, Freud e Janet. Entretanto, foi com o uso de critérios diagnósticos definidos mais claramente que se iniciou o estudo sistemático do transtorno de estresse pós-traumático.

De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, os critérios diagnósticos para TEPT são:

– Exposição a um evento traumático caracterizado por morte ou grave ferimento ou ameaça à integridade física própria ou de outros, e a resposta da pessoa envolveu medo intenso, impotência ou horror;

– O evento traumático é persistentemente revivido em uma ou mais das seguintes maneiras: recordações e sonhos aflitivos, recorrentes e intrusivos sobre o evento, flashbacks, sofrimento psicológico e reatividade fisiológica na exposição a indícios externos que lembram o evento traumático;

– Esquiva persistente de estímulos associados ao trauma e entorpecimento da reatividade geral, com base em pelo menos três dos seguintes quesitos: esforços para evitar pensamentos ou conversas associados ao trauma; evitação de atividades, locais e pessoas que ativem a recordação do trauma; incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento; redução acentuada de interesse ou da participação em atividades significativas; sensação de distanciamento em relação a outros; afeto restrito e sentimento de um futuro abreviado;

– Sintomas persistentes de excitabilidade aumentada indicada por dois ou mais quesitos: dificuldades com o sono; irritabilidade ou surtos de raiva; dificuldade em concentrar-se; hipervigilância e resposta de sobressalto exagerada.

Alterações neurológicas

Uma causa possível, apontada por estudos, para o surgimento dos sintomas após situações de estresse é uma alteração no hipocampo, uma área do cérebro que desempenha um papel crucial na aprendizagem e na memória.

Pessoas que sofreram um trauma, e, posteriormente apresentaram os sintomas do TEPT, denotaram uma falha na ativação do hipocampo e menor volume de tal estrutura, em comparação com pessoas que não passaram por esse estresse.

Serviços de emergência e TEPT

O transtorno de estresse pós-traumático é uma das formas mais frequentes de adoecimento mental de trabalhadores em serviços de emergência. Isso porque tais profissionais (bombeiros, profissionais de ambulância e profissionais em hospitais) são expostos constantemente a eventos ocupacionais adversos, podendo influenciar negativamente a saúde mental.

Eles atuam em contextos que exigem respostas rápidas visando à eficácia dos atendimentos. As situações enfrentadas por esses profissionais frequentemente são imprevisíveis e de risco para as suas próprias vidas e para as vidas das vítimas socorridas.

Bullying e TEPT

Diversas pesquisas também indicaram correlações positivas e significativas entre bullying e o aparecimento de sintomas do TEPT. Diante do fato de que a exposição dos estudantes ao bullying em diferentes países é relativamente alta, há grande incidência de sintomas do TEPT entre os estudantes.

Tratamento

A terapia cognitivo-comportamental tem apresentado excelentes resultados no tratamento do TEPT. O tratamento farmacológico também pode colaborar no tratamento, sendo caracterizado pela associação de medicamentos antidepressivos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e ansiolíticos.

O transtorno de estresse pós-traumático, quando não tratado, pode resultar em depressão e síndrome do pânico. Então, o quanto precoce for o diagnóstico, mais promissores serão os resultados do tratamento.

Referências: American Journal of Psychiatry, Psicologia: Teoria e Pesquisa, Revista Brasileira de Epidemiologia, Revista Brasileira de Psiquiatria.

Fonte: Fãs da psicanálise

06 Estratégias que Diminuem a Ansiedade

Quando se trata de ansiedade duas coisas são certas: 1) os sintomas da ansiedade são desagradáveis. 2) todas as pessoas têm que enfrentar a ansiedade pelo menos de vez em quando.

Já que a ansiedade é inevitável, mas ninguém gosta dela, seguem 06 estratégias que vão te ajudar a enfrentá-la e a passar por ela com menos sofrimento.

01 Descatastrofização – por pior que seja o acontecimento, sempre há maneiras de lidar com ele. Todas as pessoas têm habilidades para superação, capacidade de readaptação e ferramentas de resolução de problemas. Dificilmente o seu problema é uma catástrofe. Então, não trate-ansiedadeo como uma. Quando a ansiedade aparecer enumere as possibilidades de solução, pense em como resolveu problemas parecidos de outras vezes. Ao invés de se deixar levar pela ansiedade relativize o acontecimento, encare o fato com racionalidade, sempre há uma solução.

02 Aumente seu autoconhecimento – conhecer seu corpo e suas emoções fará com que você reconheça uma crise de ansiedade bem no início, quando é mais fácil interrompê-la. Desligue o “piloto automático” do seu funcionamento fisiológico e emocional, assim você terá mais controle sobre seus sentimentos e poderá diminuir os sintomas da ansiedade. Se observe, faça um diário de suas emoções, faça psicoterapia.

03 Não antecipe problemas – se você parar e pensar nas suas preocupações verá que a maioria não chega a acontecer, fica apenas na esfera do sofrimento por antecedência. Existe uma forte relação entre ansiedade e antecipação de resultados negativos, se você conseguir controlar esses pensamentos diminuirá consideravelmente a ansiedade. Não sofra por antecedência.

04 Aprenda alguma técnica de relaxamento ou meditação – estas técnicas te ajudam a ter autocontrole e são capazes de reverter o processo fisiológico que causa e mantém a ansiedade. Aprenda a relaxar acessando o link técnica de relaxamento

05 Pratique atividade física regularmente – os neurotransmissores liberados durante a atividade física conseguem causar um estado geral de relaxamento e de te tornar mais resistente a ansiedade. Funciona como uma espécie de prevenção da ansiedade.

06 Tenha um hobby – o efeito é parecido com o da atividade física. Se concentrar em algo que você gosta e te faz parar de pensar nos problemas também te protegerá e diminuirá a ansiedade. E quando estiver ansioso, praticar o seu hobby pode ser uma boa forma de afastar os sintomas.

Texto de Rosimeire Oliveira (Psicóloga)